Cristo de All Star é um blog feito por cristãos que procuram expressar seus sentimentos, pensamentos, experiências e sonhos através da poesia.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Sobretudo, Sobre Mim

Não adianta negar a tua existência
O teu toque está em toda e qualquer essência
Os teus sinais e o teu amor
Florescem até na maldade dos homens

Princípio e fim
Elevado é o teu domínio sobre tudo e todos
Nada está oculto aos teus olhos
Sobretudo, és piedoso e tens misericórdia de mim

Trino, Soberano, À ti seja dado nosso louvor
Coexistente do tempo
Me tens amor e eu tenho a ti
Ao te encontrar, foi novo nascimento

Me atormentam à perguntar no que te vejo
Ora, te vejo no sol, no mar, nas cores
Na selva de pedra e no vilarejo
Criador dos amores

terça-feira, 26 de abril de 2011

Lamento

lamento por não lhe fazer gostar de mim.
Lamento porque estive tentando formatar em mim alguém que não sou.
Lamento por não ter correspondido às expectativas que tinhas de mim.
Lamento mais ainda por ser tão ímpia e pecadora.

Procuro forças e olho pro céu.
Clamo ao Pai. Rogo à Ele, pois só Ele tem a força que não encontro.

A cada respirar, uma incerteza.
A cada olhar, uma tristeza.
E vivo assim.
Medíocre fui e tenho sido.
Não quero ser assim, enquanto eu viver.

Minha alma, tão frágil e fria,
Sentiu profundamente cada erro que cometi.
Talvez, Deus tem um plano pra mim diante disso tudo.
Assim espero, Pai. Espero!

Sei que
O Santo, o Rei,
O Senhor dos Exércitos, O Deus Soberano,
Aquele que me criou tem todo o amor que preciso
E que ninguém é capaz de me dar;
E sei que mesmo não merecendo,
Ele estará vindo sobre minha vida,
Derramando milhares de bençãos.

Lamento, pois vivo para Ele!
Hoje sei.
Não vivo por mais ninguém.
Lamento!

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Anseios Celestiais

Pai, cá dentro reside todo o silêncio e um vazio imensurável esperando por sua voz e presença que moldam a existência e faz ser o que é para ser. São nestes anseios e necessidades que a alma se prostra e clama aos céus.

sábado, 23 de abril de 2011

Eu, O Leproso

Há algo em minha pele,
Uma mancha, um grude, uma laca.
Uma doença nojenta me atacou esta noite,
Ela se impregnou em meu corpo, infelizmente não sai.

 Na altura do peito ela está,
Onde a escondo por de baixo de uma túnica.
Quem desconfiará?
Apesar dela me matar,
Quieta está,
Só me corroe por dentro.

 Como lepra me consome,
Enquanto uma voz grita:
“Impuro, Impuro!”
E é assim que me sinto...

 Impuro, impuro, homens de lábios duros porém com lábia solta. Um doce amargo ponho na boca e sinto uma ardencia na lingua, a mesma laca que tenho expelido então ingiro, são minhas feridas tomando espaço no coração, no pulmão, no baço. Então preparo um laço, será essa a cura da lepra? Será a morte a dose certa? Será o fim das dores a minha meta?

 Covarde, covarde, homem sem valor. “É porque não sentes minha dor” replico. Fujo do papel, fujo da caneta, fujo da gorjeta, fujo da valeta, mas que bom que não moro na rua. Antes me igualar a um leproso do que a uma prostituta que vende o corpo e a alma. Alma minha que, por sinal branca, serve de lembrança do tempo que as feridas não as manchavam. Cada dia inventam de abrir, e mancham minha vida de vermelho e verniz. Então fujo da visão do homem e da mulher, do servo e do senhor, do acusador e do Senhor.

 O que será de mim? Há compaixão por uma alma assim, tão perdida? há uma cura para a Ferida, para a covardia. Maldita anomalia que sofro. Procuro com esforço uma gota d’água para alimentar meu dia.  

 O Homem pintado de vermelho derrama fontes de águas vivas.