Cristo de All Star é um blog feito por cristãos que procuram expressar seus sentimentos, pensamentos, experiências e sonhos através da poesia.

domingo, 20 de março de 2011

Antes

A vida e seus segredos..
Todo ano, todo problema
Vamos desvendando a ilusão
Descobrindo o sentido
Do que era impossível
Aos nossos inocentes olhos
E as nossas ingênuas lágrimas
Vem a mente, tudo que foi preciso
Sofrer, pra chegar aqui
Quase 20 primaveras..
Pronto pra outras 20..
Quem sabe agora me tornei
Algo melhor do que antes..
Antes de saber me expressar, antes de saber refletir
Antes de aprender a viver, antes de poder amar..
Estou longe, muito longe do ideal
Mais distante ainda de desistir
Vamos encarar sem medo
Todos os mitos do nosso futuro..
Logo de manha, quando o sol raiar..
Tudo vai começar e então você pode me dizer
Estou melhor do que antes?

sábado, 12 de março de 2011

Pobre

 Hoje notei quem sou.
Notando quem sou entendi que pouco sou.
Compreendi que nada tenho a oferecer a ninguem
senão aquilo que pouco tenho, o quase nada.

 Tenho quase nada.
O que me resta é a graça que vem de Deus,
O que me sobra é aprender desde o início.
Não há nada a não ser areia sobre os meus pés agora.

 Hoje entendo que estar ciente que nada tenho é tudo.


 A partir deste ponto então nasce o amor.

  Não da exuberância de cores,
Mas de um vazio monocromático de dor
 Não nasce de um beijo
Mas de muitos negados.

 O amor não nasce em um campo fértil
Mas no local mais árido de todos.
Onde o horizonte é cinza
É ali que ele faz a diferença.
 Todos creem que a individualidade o matou
Mas é por baixo deste solo de concreto que nasce o amor.
Uma plantinha aparentemente feia que carecesse de cuidado
Torna-se uma árvore forte que ajunta todos debaixo.



Mesmo havendo profecias passarão
línguas também cessarão.
O amor, porém, jamais acaba. 

quarta-feira, 9 de março de 2011

Pequeno cavaleiro

Capítulo I - A Infância

 Um garoto com uma espada de madeira
Treinava, quando criança, contra a armadura oca de seu pai.
As vezes com algum primo ou criança da aldeia
Provocava fagulhas de felpa.

 Se aventurava junto com leais escudeiros
Adentro de florestas, cavernas e castelos.
Derrotava dragões-pedra,
E salvava princesas de saco.

 Antes do que o esperado
Notou os meninos ranhentos que lutavam a seu lado,
Percebeu as rochas que julgou ser dragões
E repudiou as damas feitas de linho.

 Viu que pra pouco prestou ter se enfiado em buracos-caverna,
Ter armado cerco contra o casebre de sua mãe,
E ter ferido a armadura vazia de seu pai.
O mundo era feito de metal,
E não havia lugar para espadas de madeira.


Capítulo II - Maturidade
 
 Logo cresceu e a barba encheu seu rosto.
Conforme assumia compromissos
Deixava de lado suas criancices,
Esquecendo a aventura e o romance.

 Sim, de fato tornou-se homem
E herdou a armadura e a espada de seu pai.
Do barulho da madeira ao meio de risos,
Passou a ouvir outro som:
O som da carne cortada ao meio de gritos
Das batalhas que conquistou.

 Cicatrizes já marcavam seu corpo,
Como tatuagens de guerra,
O trauma já o fizera esquecer
De todos aqueles dragões-pedra.

Capítulo III - A Princesa
 Como toda boa história necessita de romance,
Não era de se duvidar que aconteceria num relance
que o bravo cavaleiro se apaixonasse por uma princesa.
Que não morava ela em um castelo,
Mas era provida de grande beleza.

 A história agora, não prossegue como as outras,
Estava ela presa em uma torre por um dragão,
Igualzinho como todas as outras lendas.
Um cavaleiro vestido de simples vestes brancas a salvou.

 Não, este cavaleiro branco não é o que andamos conversando nessa história
É um outro, sem formosura alguma, com arma e armadura nenhuma
De fato a salvou do mal que havia cativado
Humildemente se despediu e morreu pregado.

 Grata de fato a princesa ficou por este cavaleiro
A torre que prendia ela fora destruída.
O pequeno cavaleiro agora poderia conhece-la, amá-la, merece-la,
Pois aquele mesmo homem humilde salvará sua vida.

 Porém, quando salva mandou construir uma fortaleza
Pior que a primeira, na minha opinião,
Mais cheia de incertezas.
Cercada de uma realeza, escondeu seu coração.

Capítulo IV - ???

[...]

quinta-feira, 3 de março de 2011

Evangelho Poético



O Evangelho é a mais bela, sublime e suspirante poesia, porque é a poesia de Deus direcionada aos homens. E eu quero seguir inspirado por esse chamado poético do Senhor, e caminhar recitando a beleza celestial.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Um chute por entre as costelas

















 "Coitado de mim"...
Sarcasticamente eu mesmo falo.
Estufei meu peito e disse que sabia de tudo.
Logo após desci, do jeito que já sabia,
porém por orgulho não quis admitir que iria.

 Aquele sentimento que mora dentro de mim
É certamente como lava dentro de um vulcão.
Quando se irrita transborda e seca.
De qualquer forma procede inútil.
Não é prático o suficiente para esquentar,
Não é seguro o suficiente para tentar.

 Então, quando achei que tinha mudado
levantei em grande pompa.
Dei minha cara a tapa e disse o que pensava.

 Pensei que levar tapas seria um bom sacrifico de amor.
Antes de terminar meu pensamento, Deus me de um chute por entre as costelas.

terça-feira, 1 de março de 2011

Apenas deixe ir



















   
 Que medo é esse?
Por acaso em seu dedo é marcado meu nome?
Por acaso há um nome impresso em seu coração senão o de Deus?
E se há algum, o que me importa?
Seria eu um raptor de imagens,
Um coletor ilegal de lembranças?

 Abro meus dedos,
E aquilo que tanto apertava na palma deixo ir.
Apenas deixo que se vá,
Pois ninguem ama o oficial que prende,
Mas sim o viajante que nada tem.

 Entendo que se ganhar algo ou alguém por aquilo que tenho
Perderei quando deixar de ter.
O dono da chave, pode trancar uma pessoa dentro de si,
mas tudo prova que ao abrir a porta, ela vai fugir.
Então deixo ir, despejo a chaves que te trancam na cadeia.
Saio do posto de carcereiro,
E subo à luz do sol.