Notando quem sou entendi que pouco sou.
Compreendi que nada tenho a oferecer a ninguem
senão aquilo que pouco tenho, o quase nada.
Tenho quase nada.
O que me resta é a graça que vem de Deus,
O que me sobra é aprender desde o início.
Não há nada a não ser areia sobre os meus pés agora.
Hoje entendo que estar ciente que nada tenho é tudo.
A partir deste ponto então nasce o amor.
Não da exuberância de cores,
Mas de um vazio monocromático de dor
Não nasce de um beijo
Mas de muitos negados.
O amor não nasce em um campo fértil
Mas no local mais árido de todos.
Onde o horizonte é cinza
É ali que ele faz a diferença.
Todos creem que a individualidade o matou
Mas é por baixo deste solo de concreto que nasce o amor.
Uma plantinha aparentemente feia que carecesse de cuidado
Torna-se uma árvore forte que ajunta todos debaixo.
Mesmo havendo profecias passarão
línguas também cessarão.
O amor, porém, jamais acaba.
Olha, esse poema destruiu, sao palavras de alguem apaixonado!
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