Capítulo I - A Infância
Um garoto com uma espada de madeira
Treinava, quando criança, contra a armadura oca de seu pai.
As vezes com algum primo ou criança da aldeia
Provocava fagulhas de felpa.
Se aventurava junto com leais escudeiros
Adentro de florestas, cavernas e castelos.
Derrotava dragões-pedra,
E salvava princesas de saco.
Antes do que o esperado
Notou os meninos ranhentos que lutavam a seu lado,
Percebeu as rochas que julgou ser dragões
E repudiou as damas feitas de linho.
Viu que pra pouco prestou ter se enfiado em buracos-caverna,
Ter armado cerco contra o casebre de sua mãe,
E ter ferido a armadura vazia de seu pai.
O mundo era feito de metal,
E não havia lugar para espadas de madeira.
Capítulo II - Maturidade
Logo cresceu e a barba encheu seu rosto.
Conforme assumia compromissos
Deixava de lado suas criancices,
Esquecendo a aventura e o romance.
Sim, de fato tornou-se homem
E herdou a armadura e a espada de seu pai.
Do barulho da madeira ao meio de risos,
Passou a ouvir outro som:
O som da carne cortada ao meio de gritos
Das batalhas que conquistou.
Cicatrizes já marcavam seu corpo,
Como tatuagens de guerra,
O trauma já o fizera esquecer
De todos aqueles dragões-pedra.
Capítulo III - A Princesa
Como toda boa história necessita de romance,
Não era de se duvidar que aconteceria num relance
que o bravo cavaleiro se apaixonasse por uma princesa.
Que não morava ela em um castelo,
Mas era provida de grande beleza.
A história agora, não prossegue como as outras,
Estava ela presa em uma torre por um dragão,
Igualzinho como todas as outras lendas.
Um cavaleiro vestido de simples vestes brancas a salvou.
Não, este cavaleiro branco não é o que andamos conversando nessa história
É um outro, sem formosura alguma, com arma e armadura nenhuma
De fato a salvou do mal que havia cativado
Humildemente se despediu e morreu pregado.
Grata de fato a princesa ficou por este cavaleiro
A torre que prendia ela fora destruída.
O pequeno cavaleiro agora poderia conhece-la, amá-la, merece-la,
Pois aquele mesmo homem humilde salvará sua vida.
Pois aquele mesmo homem humilde salvará sua vida.
Porém, quando salva mandou construir uma fortaleza
Pior que a primeira, na minha opinião,
Mais cheia de incertezas.
Cercada de uma realeza, escondeu seu coração.
Capítulo IV - ???
[...]
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